Classificar o segundo mandato de
Raimundo Colombo, PSD, de desastroso seria elogiá-lo. Nosso governador inverteu de
forma grotesca as prioridades.
Um exemplo de milhares: em São Miguel do
Oeste, o filho de uma senhora foi até a Secretaria de Saúde retirar um medicamento,
denominado Galantamina 16mg, que é para portadores de Mal de Alzheimer. No
balcão, a principiante atendente diz, de forma natural: “O Estado não enviou.
Passa aqui na semana que vem. Talvez chegue, mas não garanto”. Não sabe ela, que
esse remédio tem que ser tomado todos os dias, no mesmo horário, no caso
específico, às 08h. O último comprimido ela ingeriu no dia em que o Estado, por
meio da Justiça, teria que entregar uma nova cartela.
O filho, então, como não há outro jeito,
percorre todas as farmácias. Como trata-se de uma medicação de custo elevado,
nenhuma têm em estoque. A alternativa é ligar para distribuidoras para que
chegue no dia seguinte. O problema é que só chegará após às 12h.
Para piorar um pouco mais, nem uma
distribuidora tem o de 16mg. Então o jeito foi encomendar duas caixas de 08mg e
torcer que chegue, no mais tardar, às 12h.
O excelentíssimo senhor Raimundo Colombo
deveria saber que é necessário ter determinados medicamentos em estoque. É
muito fácil e cômodo dizer: “Não foi enviado, pois não há nas distribuidoras”.
Como, também, é muito fácil fazer passeio com seus comparsas para verificar o
andamento da reforma da Ponte Hercílio Luz que, mesmo depois de concluída, não
terá utilidade alguma. Aliás, a única utilidade que teve foram as notícias mencionando os milhões
investidos nessa “palhaçada”, envergonhando nossa gente.
E entre seus ‘amigos de passeio’ está
Leonel Pavan, PSDB, cuja o partido, durante a campanha, foi contra o atual
governador e, do nada, passou a fazer parte do time da situação. E, também, ‘do
nada’, Pavan foi agraciado com a Secretaria de Turismo que dispõe de um generoso
orçamento. Com todo respeito, mas o que o Pavan entende de turismo? No mínimo, é uma situação estranha.
E reitero: este é apenas um exemplo e de
um cidadão e sua família que têm condições de pagar o alto custo do
medicamento. E o resto da população carente? E aqueles menos instruídos? E tantas outras situações que já
ultrapassaram o limite da tolerância como, por exemplo, repasses atrasados aos hospitais públicos?
Santa Catarina sempre foi considerado um
Estado modelo, porém, por causa desta turma, liderada pelo atual governador,
está despencando.
A população precisa estar atenta. Não é
só em Brasília que ocorrem falcatruas e más-administrações. É preciso olhar e
perceber a nossa situação em todos os segmentos.
É necessário, também, desde já, visualizar outros
políticos que, comprovam estar ao lado do que é, realmente, prioridade. Estes,
sim, devem ocupar o Palácio da Agronômica.