Uma semana antes de passar o final de
semana em Florianópolis conferi a ‘agenda cultural’. A principal atração para
sexta, 16, era o show do Guilherme Arantes, no Teatro Ademir da Rosa (CIC).
Mesmo nunca tendo assistido uma
apresentação dele, decepcionei-me. Rememorei algumas de suas canções. Raras me
agradavam. Por curiosidade, conferi como estava a venda de ingressos. Fiquei
surpreso: havia pouco mais de dez lugares a disposição.
O início era às 21h. Pensei: vou ir. Se
não gostar saio. E, ademais, deve terminar aí pelas 23h, portanto haverá tempo
para ‘achar’ outra coisa para fazer depois. Comprei, via internet, dois
ingressos. Tive a grata satisfação de ter a agradável companhia de uma de minhas
irmãs, a Mara, que, gentilmente, aceitou meu convite.
O show começou no horário previsto.
Desnecessário dizer que assistir em teatro é infinitamente melhor do que em
qualquer outro lugar.
Tocou a primeira música e, já na segunda,
o autor de ‘Cheia de Charme’ começou a divagar sobre sua história. E assim fez
antes de cada música, explicando o motivo da letra e acontecimentos de sua vida.
Seu conhecimento, extrema inteligência e
bom-humor me contagiaram. Eu e todo o público. Além de cantor, compositor -
inclusive de músicas que fizeram grandes sucessos na voz de outros artistas
como, por exemplo, ‘Brincar de Viver’ da Maria Bethânia - o cara é um humorista
nato.
Ele encerrou com ‘Fã Número 1’ e eu
virei seu fã. Depois, sozinho, fui a três casas de show. Finalizada a noitada,
a conclusão de que o que eu pensava que seria o pior foi o melhor.
Hoje à tarde vou à P12. A festa começa
às 14h. Pressinto que a coisa será das boas. Não, necessariamente, a balada, mas
as companhias. Gente fina, sincera e elegante, como diz Lulu Santos em ‘Tempos
Modernos’.