4 de julho de 2013

UM POUCO MAIS QUE MIGALHAS

Parabéns - mas nem tanto - à Prefeitura que cedeu uma área para a atuação da ONG Amigo Bicho, em Linha Nereu Ramos. Penso, porém, que só ceder o terreno não é o suficiente.

Entendo que a administração municipal deve construir um canil e se responsabilizar em recolher os cachorros e gatos abandonados (além de outros animais) proporcionando-lhes os devidos cuidados, mesmo que mínimos. Aliás, isso já deveria estar em prática.  


O Executivo, em seu quadro funcional, dispõe de um ou mais veterinários. Além disso, pode tranquilamente ceder um (ou mais) servidor para cuidar do canil. Mas é a tal coisa: bichos não votam.


Em tempo: Quando menciono recolher ‘gatos’ refiro-me aos felinos e não aos ladrões do dinheiro público. Se assim fosse, haja espaço...


DA SÉRIE BELAS DE CARAZINHO

Maria Teresa Weidlich. Linda, elegante, fina, enfim, mais uma das beldades de Carazinho

‘QUINTANEJA’

Logo mais, no Rud´s Pub, tem a volta da ‘Quintaneja’. Eduardo Gustavo e banda animam a festa. Mulheres free até às 23h30.

E mais: na compra de uma cerveja long neck Itaipava, entre às 22h30 e 24h, ganha outra. 

A volta da ‘Quintaneja’, hoje, no Rud´s Pub

*A INDIVIDUALIDADE CONFUNDIDA

Eu sou um individualista. Se não houvesse texto, só essa afirmação, o que você pensaria? Costumamos considerar “individualismo” e seus derivados termos pejorativos. Confundidos muitas vezes com egoísmo. Utilizado também para se referir a alguém que não consegue se relacionar com as pessoas. Ou, talvez, a maior simplificação que conheço: “Eis um narcisista!”. O conhecimento é limitado, o vocabulário nem sempre.

O egoísta, de tão imaturo emocionalmente, nem consegue ser um individualista. Vive em bandos, apoiando a maioria ou o que for conveniente, aproveitando a situação para se promover (ou: o que move cada manifestante?). Digamos que eu seja, ou melhor, que eu tente ser, um individualista no bom sentido.

Um individualista, no bom sentido, é alguém que busca a independência, a autonomia. Acredita no que faz, e tenta ser senhor do próprio destino. Evita encontrar culpados para suas angústias, mesmo sabendo que certos eventos são imprevisíveis e incontornáveis. É um otimista: ele trabalha acreditando que os fatores que ele não controla irão se encaixar. Pura sorte.

Falei em trabalho, e encontro por acaso o mote deste texto: desconfio do termo “vestir a camisa”, que as empresas utilizam para se referir a um funcionário comprometido.

Ele precisa de um motivo para vesti-la. E esse motivo vem da individualidade: perceber que o ambiente de trabalho lhe favorece, estimula seu crescimento, entende suas necessidades. Só assim ele irá retribuir com bom trabalho, bons resultados e bom relacionamento com as pessoas envolvidas.

Temo as pedradas, mas uso meu exemplo: sou um professor individualista. Minha alegria é apoiar um aluno, vê-lo evoluir, mas não é só essa satisfação que me move. Quero crescer junto, aprender também. Uma noite inteira de aula precisa me beneficiar de algum modo: e aqui, percebemos que o indivíduo precisa encontrar propósitos naquilo que faz.

É preciso esquecer a ideia do sacrifício, da pessoa se doar sem nada em troca.

A filosofia de recompensas para os dois lados funciona no trabalho e na vida pessoal. Individualista que sou, quero montar a melhor aula, quero dominar a arte da didática e, consequentemente, ser valorizado e reconhecido. Será que estou pensando só em mim?

*Lucas Miguel Gnigler é professor e jornalista. O filho do promotor de Justiça, Miguel Gnigler, é especializado em Marketing e Gestão Estratégica. Outros textos e informações em www.lucasmiguel.com (inclusive recomendo visualizá-lo).

 
    Agora, nas férias de julho, Lucas e a irmã, Luíza, aproveitaram para fazer um tour pela Europa. Na foto, os dois no Palácio de Versalhes