O DINHEIRO MANDA I

‘Dinheiro não traz felicidade; manda buscá-la’. Não sei se o ‘ditado’ tem ou não autor. Mas é a realidade. Aliás, esse pessoal que acha que ser milionário não faz diferença deveria passar uma noite no Green Valley, em Balneário Camboriú.
No ambiente, que tem capacidade de abrigar 15 mil pessoas, não há como deixar de observar - e ficar admirado - com as lindas mulheres que ‘disputam’ os que têm cacife de gastar, numa simples noite, mais de R$ 10 mil, na maior naturalidade. Isso quando a atração da casa é mediana. Há eventos que só o camarote custa, no mínimo, R$ 15 mil.

O DINHEIRO MANDA II

O que escrevi acima pode ser confirmado com jovens de São Miguel que estudam em Balneário Camboriú e já estiveram por lá. Em relação aos verdadeiramente endinheirados tudo impressiona: das grifes ao esbanjamento, passando pela maneira de se portar, principalmente os ‘privilegiados’ que reúnem riqueza, beleza, fama e berço.
É outra realidade aonde se comprova que muito dinheiro combina com gente bonita, culta e gosto refinado no vestir. E, também, com abastados que até fazem questão de mostrar que dinheiro foi feito para gastar, principalmente, com prazeres como os proporcionados pelo Green Valley e os ‘pós-Green Valley’ que vão bem mais longe da ingênua, interiorana e limitada imaginação de alguns.
Nesses casos, só resta aos pobres mortais, que conferem o extrato bancário semanalmente, notar, invejar e, quem sabe, sonhar, além de, pelos menos temporariamente, esquecer a tese de que ‘dinheiro compra tudo, inclusive desgraça’. Não que a frase seja equivocada, mas lá, se mencionada, soará de forma distorcida.

PEDRA NO SAPATO

Passado o alívio - e até euforia - da bem sucedida ação da Polícia Civil, apoiada por policias militares, que, por meio da ‘Operação Cambucica’, desarticulou uma quadrilha de alta periculosidade que agia na região, a sociedade depara-se com uma dura realidade: a fragilidade de nosso sistema carcerário.
É certo que de todos que foram presos, mais dias menos dias, no mínimo a metade estará em ‘atividade’ novamente. Não sei de que forma, mas eles conseguirão fugir da cadeia. Isso já virou rotina.
As constantes fugas de presidiários deixa-nos com a incômoda e persistente sensação de que nunca estamos, de fato, seguros. Só para lembrar: o líder do bando era foragido da Penitenciária de Chapecó.
E essa preocupação da população faz sentido. Afinal, vivemos num país que em sua capital abriga inúmeros políticos que estão bem mais preocupados em fazer falcatruas com o dinheiro público do que com a segurança do povo. Sempre foi assim. Ontem, hoje e, infelizmente, amanhã.

ANOTA AÍ

Nesta sexta tem a banda Velha Infância no Rud´s Pub. Gabriella Filippi Silva e sua turma prometem muito pop/rock e, também, alguma coisa de MPB. Depois o bar só abre no dia 1° com a tradicional ‘Quintaneja’. No dia 3, sábado, tem ‘Pagonejo’ com Tempero Certo (ex-Tempero Brasileiro) no pagode e Eduardo Gustavo no sertanejo universitário.

‘CARNAVAL DUTRANO’

Na festa de Carnaval da Turma do Dutra, sábado, em Carazinho, o que chamou atenção não foi o fato de a banda não tocar nenhuma ‘marchinha’ ou ‘axé’ e, pasmem, nem mesmo um rock nacional. O repertório, do começo ao fim, foi composto só com sons internacionais.
O que deixou todos boquiabertos foi o anfitrião, sempre polido e discreto quando fica responsável pela guarda das filhas, ter, no bom do festerê, sem mais nem menos, subido ao palco, pedir (ordenar) silêncio total e citar a célebre teoria do escritor e jornalista pernambucano, Júlio Camargo: ‘O Carnaval é uma amostra, na terra, de como será o inferno no céu”.

HÁ 10 ANOS

O filho do vereador, Ângelo Basso, o boa gente Jean Pier, se forma hoje em Odontologia pela Universidade Paranaense (Unipar), campus de Umuarama. O namorado da Francine Vizentin já anunciou que pretende exercer a profissão em São Miguel.
*Coluna Roger Brunetto, 23 de fevereiro de 2002.