Não abordo notícias de mortes em meus comentários no
blog e na coluna que assino no Jornal Imagem. Mas neste final de semana é
impossível, pelo menos, não refletir. Sete pessoas morreram de forma trágica na região em menos de 48 horas. Seis delas em rodovias.
Sábado um jovem perdeu à vida num
acidente na BR 163, em Guaraciaba. Hoje de manhã, na mesma rodovia, em Guarujá
do Sul, uma moça morreu em outro acidente.
Hoje à tarde, em Paraíso, um jovem, percebendo
duas crianças se afogarem, foi socorrê-las. Elas se salvaram. Ele não.
Também hoje, no começo na noite, na
rodovia que liga Descanso a Belmonte, uma colisão vitimou três jovens e uma
senhora de 70 anos. Também há feridos que estão internados.
Acidentes com vítimas fatais ou que
deixam pessoas com sequelas irreversíveis se tornaram rotina nos últimos anos
no Extremo Oeste. Todas as semanas acontecem, no mínimo, dois.
Mas este final de semana foi macabro. E,
com exceção da anciã e da mulher de Guarujá que tinha 30 anos, todos os jovens que morreram tinham entre 19 e 24 anos de idade.
Todas as vítimas moravam na região.
Todas as vítimas moravam na região.
Não tenho filhos, mas fico imaginando a
dor dilacerante dos pais. Ainda mais quando a ‘partida’ ocorre de forma
prematura e repentina.
Quando a ‘ordem natural’ se inverte as implicações
emocionais dos pais ficarão para o resto da vida.
Para piorar, estamos próximo as festas
de final de ano. Festas, para estas famílias, não acontecerão mais.
É inútil pedir que não se revoltem.
Mesmo assim, nestes casos, penso que Deus, na sua infinita sabedoria e bondade,
sabe o que faz e um dia entenderemos os motivos. Além disso, estamos aqui de passagem. E tão certo quanto a
morte é a vida depois dela.
No mais, nada a dizer, pois não há o que
dizer.