Tempos atrás, no carro, ouvindo, ao fundo, em volume baixo, uma seleção musical, conversava com uma moça. Quanto tocou ‘O Inferno São os Outros’ – Detonautas, ela disse que curtia muito aquele som.
Comentei que também achava bacana e aproveitei para citar o livro homônimo de David Grossman – baita obra literária.
Ela pensou que eu estava tirando onda, pois disse que nunca tinha ouvido falar do autor e nem do livro. Aí foi minha vez de pensar que ela estava debochando ou brincando. Mas, não. Realmente ela não sabia.
Também desconhecia outros livros do escritor e jornalista israelense como, por exemplo, ‘Alguém Para Correr Comigo’; ‘Fora do Tempo’, e ‘A Mulher Foge’ – há muitos outros, cito apenas os que li.
Mas o que mais me impressionou é que tratava-se de uma jornalista, formada, exerce a profissão e tem mais de 30 anos de idade.
Pior: ficou brava com minha observação. Pediu para lhe deixar no edifício onde mora e, pra completar, disse que eu sou um boçal.
Acho que vou diminuir significativamente minhas leituras, começar a ler livros do Paulo Coelho e outros pseudo escritores, além de curtir funk.
E ela é tão bonitinha.