29 de maio de 2014

(PARTE II) - NÓS, OS ‘ANTISSOCIAIS’ I

Apreciamos a solidão. Parece insano, mas para nós isso sim que é um vidão.

Gostamos, também, de animais de estimação. Mas sem comparação com certos ‘humanos’, pois aos bichos seria uma humilhação. 

Dispensamos os comentários amenos, serenos e os que contêm venenos. Mas, se comentarem, tudo bem. Nada podemos fazer, além de ficar ‘zen’. 


Digam o que querem falar, mas de nada podem nos acusar. Nunca ludibriamos. Muito menos roubamos.  Nesta vida, nossa lida é apenas para a comida.

(PARTE II) - NÓS, OS ‘ANTISSOCIAIS’ II

Contemplamos quem, de fato, luta pelo bem da humanidade. Nós nada fizemos de bom nem de mau. Nem planos. Somos inertes. Essa é nossa realidade. 

Gostamos de dialogar com quem nutrimos admiração. Com ruminantes, em forma de humanos, não.

Ouvimos músicas de verdade.  Talvez por vaidade; quem sabe pela idade.  A indústria “curtural” pode sempre contar com nossa contrariedade.

Às vezes temos que recorrer ao vinil. Tudo bem. O que importa é preservarmos nossos tímpanos do vil.


Admitimos nossa esquisitice.  Mas não mentimos como fazem os cretinos dominados pela ambição - palavra, esta, que rima com sonegação, exploração e ladrão ‘de alto padrão’ -. 

(PARTE II) - NÓS, OS ‘ANTISSOCIAIS’ III

Depois de celebrado, honramos com o que foi acertado, mas preferimos ficar omissos quanto a compromissos.  Principalmente os que possam nos levar ao altar. Quem já foi voltou e não para de reclamar. Chega até se exaltar.

O diamante não nos atrai. Fugimos dos holofotes e de quase tudo que muitos consideram delirante.

Jamais almejamos ser melhor ou pior. Desprezamos a competição e a comparação.

Quando agraciados com alguma premiação, desmerecemos a atenção. Preferimos que outros fiquem com os brios. Nós, os antissociais, somos sombrios.

                         

E COMO DISSE O ILUSTRE, O CAFAJESTE...

Não sou antissocial sempre. Apenas quando tem gente por perto.