Devido às férias coletivas do Jornal
Imagem, a coluna não circulou em duas edições. Muito tempo para quem, entre
seus maiores prazeres, estão o de ler e escrever. Aliás, tenho muito mais textos não publicados
do que divulgados. Eu e o ‘Dutra’. Há, ainda, as colaborações esporádicas do
Delégio (o colono forte de Ernestina), Ilustre (o cafajeste), Tirésias (o
seletivo), além do Dom Estevam Tavares.
Depois de mais de uma década passei o
réveillon em São Miguel. E o Natal também. Ambos com a família. Férias, mesmo,
só no Carnaval - a exemplo do que fazia nos anos 1990. Ou, pelo menos, entre
1991 e 1997 – quando, após cinco dias de folia, passei três internado. Destino? Não sei. Nem faço ideia. Na data
escolhida para viajar decido o rumo e, como quase sempre acontece, trocarei os
planos em um trevo qualquer. Sou um geminiano nato.
E se já que abracei o Papai Noel e
iniciei 2016 em São Miguel por que também não ficar por aqui no dito – e
ridículo – Reinado de Momo? A ideia não
é má, mas a aventura pelo desconhecido é maior. Imensamente superior. E a
fascinação aumenta quando imagino que pode ser cada um – dos quatro ou cinco
dias – numa cidade diferente.
Para quem ama a solidão, a liberdade é a
melhor companhia. Porém, às vezes, mesmo relutando de todas as formas, uma
mulher pode alterar essa filosofia de vida. Principalmente quando a intuição
insiste em afirmar que, apesar de conhecê-la há pouco tempo, ela já -
ousadamente - se apossou do meu coração. E neste, sabemos, jamais conseguiremos
mandar.
Minha vida sempre foi norteada pela
liberdade. Não previa, entretanto, que nessa armadilha - a qual já caí algumas
vezes, mas que em todas me desprendi -, desta vez fosse tão voraz – mesmo no
anonimato.
Quem vencerá? Saberei quando o Carnaval
chegar. E nada tem a ver com a clássica canção do Chico Buarque.