14 de janeiro de 2016

LE LINDA DE CHEVEUX NOIRS

Devido às férias coletivas do Jornal Imagem, a coluna não circulou em duas edições. Muito tempo para quem, entre seus maiores prazeres, estão o de ler e escrever.  Aliás, tenho muito mais textos não publicados do que divulgados. Eu e o ‘Dutra’. Há, ainda, as colaborações esporádicas do Delégio (o colono forte de Ernestina), Ilustre (o cafajeste), Tirésias (o seletivo), além do Dom Estevam Tavares.

Depois de mais de uma década passei o réveillon em São Miguel. E o Natal também. Ambos com a família. Férias, mesmo, só no Carnaval - a exemplo do que fazia nos anos 1990. Ou, pelo menos, entre 1991 e 1997 – quando, após cinco dias de folia, passei três internado.  Destino? Não sei. Nem faço ideia. Na data escolhida para viajar decido o rumo e, como quase sempre acontece, trocarei os planos em um trevo qualquer. Sou um geminiano nato.  

E se já que abracei o Papai Noel e iniciei 2016 em São Miguel por que também não ficar por aqui no dito – e ridículo – Reinado de Momo?  A ideia não é má, mas a aventura pelo desconhecido é maior. Imensamente superior. E a fascinação aumenta quando imagino que pode ser cada um – dos quatro ou cinco dias – numa cidade diferente.

Para quem ama a solidão, a liberdade é a melhor companhia. Porém, às vezes, mesmo relutando de todas as formas, uma mulher pode alterar essa filosofia de vida. Principalmente quando a intuição insiste em afirmar que, apesar de conhecê-la há pouco tempo, ela já - ousadamente - se apossou do meu coração. E neste, sabemos, jamais conseguiremos mandar.

Minha vida sempre foi norteada pela liberdade. Não previa, entretanto, que nessa armadilha - a qual já caí algumas vezes, mas que em todas me desprendi -, desta vez fosse tão voraz – mesmo no anonimato.


Quem vencerá? Saberei quando o Carnaval chegar. E nada tem a ver com a clássica canção do Chico Buarque.