Na última
noite de Carnaval conversava com um direror do bloco – a exemplo de toda
diretoria muito educado. De repente passa um folião, “totalmente sóbrio”, olha
para o dirigente e faz um sinal tipo assim: “fica perdendo tempo conversando
com esse aí” – referindo-se a mim.
Não entendi.
Mas, quem sabe, é por que não bebo nada de álcool, não fumo e, muito menos, uso
qualquer tipo de droga ilícita.
Pouco tempo
depois a Polícia apareceu no QG. Isso era um acordo entre os blocos. Não tinha
acontecido nenhuma confusão. A exemplo das noites anteriores.
Conhecia um
dos policiais – que cursou Direito comigo em um semestre – e fui cumprimentá-lo.
Ficamos conversando um pouco.
O
interessante é que o sujeito que me desdenhou sumiu.Por curiosidade, perguntei por ele para algumas pessoas. Ninguém
soube responder. Alguns, “maldosos”, chegaram a dizer que ele tinha se escondido. Não
acredito.
Ele deveria
estar conversando com uma menina num lugar reservado ou no banheiro com
problemas intestinais. Quem sabe, ainda,
cuidando dos olhos, pois, praticamente na maioria do tempo, durante todas as
noites, pulou Carnaval de "óculos escuro".