4 de março de 2015

A BOA SOLIDÃO I

Para o professor Robert Lang, da Universidade de Nevada, especialista em dinâmicas sociais, muitos de nós acabarão vivendo sozinhos em algum momento. “A cada dia nos casamos mais tarde. A taxa de divórcio aumenta e as pessoas vivem mais”, explica.


Ainda, segundo ele, a prosperidade também incentiva esse estilo de vida, escolhido na maioria dos casos voluntariamente, pelo luxo que representa.

A BOA SOLIDÃO II

A jornalista Maruja Torres em sua autobiografia, Mujer en Guerra (da editora Planeta España, não publicada em português), já se vangloriava do prazer que lhe dava cair na cama e dormir sozinha. A isso se soma a comodidade de dispor do sofá, poder trocar de canal sem ter que negociar, improvisar planos sem avisar nem dar explicações, andar pela casa de qualquer jeito, comer a qualquer hora…
  
Como se fosse pouco, o sociólogo Eric Klinenberg, da Universidade de Nova York, autor do estudo Going Solo: The Extraordinary Rise and Surprising Appeal of Living Alone (Ficando Só: O Extraordinário Aumento e Surpreendente Apelo de Viver Sozinho), está convencido de que viver só significa, também, desfrutar de relações com mais qualidade, já que a maioria dos solteiros vê claramente que a solidão é muito melhor que se sentir mal acompanhado.


A BOA SOLIDÃO III

Há estudos que asseguram que a solidão facilita o desenvolvimento da empatia. Exemplo disso é a pesquisa feita por outra socióloga, Erin Cornwell, da Universidade Cornell, em Ítaca (Nova York).


Por meio de diversas análises, ela concluiu que pessoas, com mais de 35 anos de idade, que moram sozinhas têm maior probabilidade de sair com amigos que as casadas.