Durante todo ano
comemoramos quando chega à sexta-feira. Com raras exceções, a maioria das
pessoas acorda feliz, mais disposta e animada. Estes sentimentos florescem mais
naqueles em que o expediente semanal de trabalho termina às 18h -ou até antes-
da tão esperada sexta-feira.
Os jovens também
ficam eufóricos por causa das baladas ou por poder passar mais tempo namorando.
O humor melhora; o comportamento muda.
Parece que nosso
cérebro já está acostumado -numa espécie de programação- a liberar mais
endorfina. Porém ele desconhece, até por não ser função dele, mas da nossa consciência, de alterar o ritmo em apenas uma sexta-feira: a Santa, que representa a crucificação
de Jesus Cristo.
No
entanto, mudar hábitos é complicado. Além disso, há a grande mídia que faz
com que a Sexta-Feira Santa esteja muito mais para começo de feriadão do que um
dia para refletirmos nas ações daquele que todos afirmam acreditar e amar de
coração.
Hoje, por exemplo, nas capitais e grandes cidades, a preocupação maior será
conseguir comprar ovos de chocolate do sabor -ou valor- desejado. Os shoppings
estarão lotados e as igrejas praticamente vazias. No almoço, peixe muito bem
preparado e à tarde, em vários casos, cerveja gelada e música sertaneja.