*Posso fingir. Posso fugir. Posso voltar até o início. Posso insistir ou
desistir, contando os passos para o precipício. Sentado no canto da sala,
bebendo em goles a solidão. Hoje eu passei por tanta gente, mas mesmo assim
estou deserto. Vagando em torno de mim mesmo, entre o irreal e o concreto. Eu
vejo um vulto em outro quarto que poderia ser o meu. Preso em arames tão
farpados que o próprio tempo me envolveu.
*Letra da música ‘Dois Gumes’ - Uns e Outros.