*Dá licença,
dá licença, ó o menino com meningite aqui, dá licença, afasta aí. Dá licença,
dá licença, dá licença, dá licença. É um atentado à moral e aos bons costumes
vigentes, um certo inconveniente deixar este homem doente perambular pelas ruas
a cometer tais falcatruas. Incompatível com os estatutos dessa nossa gafieira. Dançar
dessa maneira, desrespeitando o salão, desfigurando o padrão. Fere as normas do
edital de formação da nossa firma atual. Esse homem está enfermo, nem precisa
exame sério. Seu mal está constatado. Depressa, põe no hospital! Deve ficar bem
isolado, em quarto bem fechado, sem portas ou janelas, pois pode ser contagiante.
Dieta mais que rigorosa. Medicação bem adequada e muita observação pra que não
haja agravantes. Em tempo hábil deve ir até o centro de controle para testar sua boa condição. Se
está fechada a ferida, seu caso deve ser anotado, o seu mal ser vigiado e lhe
requer muita atenção. Seu caso deve ser anotado, o seu mal ser vigiado e lhe
requer muita atenção, pois traz perigo à nossa vida. Não dou amparo nem guarida.
Dou guaraná com pesticida pra acalmar minha dormida. Não estou a fim de pôr em
risco a minha condição.
*Letra de ‘Tá
Certo, Doutor’ – MPB 4.