*Sentados ao fundo quase imortais. Enquanto
sorriem não se falam mais. Nas fotografias não se falam mais. Sentados ao fundo
quase imortais. Que o hábito da morte é uma assombração e na segunda-feira tudo
vai mudar. E não se desespere com essa escuridão que na segunda-feira tudo vai
mudar. Quando cai o pano não se falam mais. Sentados no fundo quase imortais.
Um clarão de nada entre as luzes da ribalda e a ilusão vira poeira não engana
mais. Que o hábito da morte é uma assombração e na segunda-feira tudo vai
mudar. E não se desespere com essa escuridão que na segunda-feira tudo vai
mudar. Quando cai o pano não se falam mais. Que o hábito da morte é uma
assombração e na segunda-feira tudo vai mudar. E não se desespere com essa
escuridão que na segunda-feira tudo vai mudar.
*Letra de ‘Luzes da Ribalta’ – Egberto Gismonti.