30 de janeiro de 2011

“ADVOGADO DO DIABO” I

Confesso que fiquei surpreso com a demissão de Luiz Carlos Prates da RBS. E mais impressionado ainda pelo suposto motivo que teria sido um comentário em que todo mundo o condenou.
O jornalista disse: “Hoje, qualquer miserável tem um carro. O sujeito jamais lê um livro, mora apertado em uma gaiola que hoje chamam de apartamento, não tem nenhuma qualidade de vida, mas tem um carro na garagem". Também chamou os que param nas estradas para ver acidentes de desgraçados e insanos.
Entendo que ocorreu uma falha de comunicação do emissor e de interpretação do receptor. Prates, em síntese, disse que primeiro se deve ter uma casa confortável e depois um automóvel.
E é verdade. Salvo os casos em que se necessita de um veículo para trabalhar, antes tem que se pensar na moradia (sem aluguel). A questão é que somos movidos pela propaganda que afirma que o carro é mais importante.

“ADVOGADO DO DIABO” II

Prates exagerou no vocabulário. Mas muitas pessoas gostam da desgraça alheia. Não andam nem 500 metros para visitar um pobre, mas são capazes de percorrerem 50 quilômetros para ver um acidente com mortes, atrapalhando, inclusive, o trabalho da equipe de socorro e da Polícia.

HÁ 10 ANOS

A hora certa de pedir aumento salarial é quando se está passando por uma ótima fase. Esperar ser reconhecido pelo que já fez é tiro na água.
Analisem o caso do Fabinho, jogador da Asme/Unoesc. Sempre defendeu as cores de São Miguel com garra. Recusou inúmeras propostas para ficar aqui. Em 1998 foi eleito o melhor de Santa Catarina. A boa fase foi interrompida pela hepatite. Por causa da doença o rendimento do atleta, na temporada passada, ficou aquém do esperado. Devido ao fato a direção quer baixar sua remuneração.
Fabinho, a princípio, não aceitou baseado justamente pelo que já fez em anos anteriores. Questão complicada que torcemos que tenha um final feliz.
*Coluna Roger Brunetto, 27 de janeiro de 2001.