11 de outubro de 2017

RENATO RUSSO I

Hoje completa 21 anos da ‘partida’ do magistral Renato Russo. Ele nos deixou no dia 11 de outubro de 1996, aos 37 anos de idade, completados em março daquele ano.


Refiro-me a ‘partiu’ e não ‘morreu’, pois, à época, o médico dele, em uma das entrevistas, afirmou que o cantor praticou a “Ortotanásia” (recusou a medicação que poderia prolongar sua vida). Ou seja: não queria mais viver.

RENATO RUSSO II

Embora Renato Russo fosse soropositivo (causa do óbito), além de ser usuários de drogas lícitas e ilícitas, o motivo de encurtar a própria existência foi, na verdade, segundo quem o conhecia, a forte depressão que a perseguiu desde sua tenra idade.

Para se ter ideia, antes do show do lançamento do primeiro disco da banda (‘Será’; ‘Geração Coca-Cola’; ‘Ainda é Cedo’; ‘Soldados’ e ‘Por Enquanto’ - principais sucessos do álbum) ele tentou o suicídio - cortando os pulsos.


Umas das mais evidentes provas que padecia da denominada “doença do século” foi à música ‘A Via Láctea’, do último trabalho da banda (A Tempestade), lançado poucos meses antes de ele deixar o planeta Terra. Outras canções evidenciavam a enfermidade como, por exemplo, ‘Há Tempos’ e ‘O Teatro Dos Vampiros’.  

RENATO RUSSO III

Com as mortes (todas pré-maturas) de Renato Russo, Raul Seixas e – mais recentemente – do Chorão, considero Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii) disparado o melhor cantor/compositor da atualidade.


Na verdade, desde o final de 1986, quando os Engenheiros despontaram para o sucesso, com ‘Toda Forma De Poder’, que, inclusive, fez parte da trilha sonora da novela Hipertensão (Rede Globo), sempre fui fã das músicas e, principalmente, de suas composições. O cara é muito bom.  

RENATO RUSSO IV

Não me esqueci do Cazuza. Entendo, porém, que o ex-vocalista do Barão Vermelho fez um “circo” desde que descobriu que, à época, os recursos para combater a doença que o matou (Aids) eram escassos - em todo o mundo -  e a morte não tardava a chegar depois de a pessoa descobrir que era portadora do vírus HIV - ao contrário da atualidade, onde os medicamentos disponibilizados prolongam por muitos anos os afetados pela enfermidade, além de, segundo cientistas, a cura estar bem próxima.

A vida de Cazuza sempre foi desregrada - inclusive durante o tratamento. Quando percebeu que ‘não tinha volta’ posou de “bonzinho”.