6 de janeiro de 2017

RÉVEILLON HIPSTER

Passavam pouco mais dos 30 primeiros minutos do novo ano quando cheguei. A fila de pessoas era quilométrica. Sorte a minha que não precisei enfrentá-la. Entrei direto. Durante  o percurso, a passos rápidos, pensei: “vai dar bom”. Não fazia ideia, porém, que seria imensamente superior ao que eu imaginava. Refiro-me ao réveillon da Hipster – uma das melhores casas de show do Sul do país. Fica em Carazinho.

Na portaria sou gentilmente recepcionado pelo gerente Guto Oliveira que me aguardava. Conduziu-me até o camarote e, atarefado que ainda estava, foi dar conta dos últimos detalhes. E a moçada ia chegando. Passado um tempo, resolvi dar uma volta. Nos três ambientes havia público. E cada vez mais chegava gente.

Fiquei, com alguns amigos, observando o pessoal, especialmente, é óbvio, as garotas. A propósito: se um dia lhe disserem que, além da capital da hospitalidade, a cidade da longa Avenida Flores da Cunha também é a capital das mulheres bonitas, acredite. Mas nem todas eram de lá. É que, só de vans, apareceram 26 com pessoas de  municípios da região.  Vários participantes, igualmente de diferentes lugares, incluindo outras regiões e até de Santa Catarina, foram de carro.

Uma hora e meia após chegar, todos os ambientes estavam lotados. A estimativa é que o público foi de 2.100 pessoas. Jovens lindas, bem vestidas – porém com discrição – desfilavam com seus corpos desenhados. A maioria dançava, a exemplo dos rapazes. Havia, também, os acima de 40 – meio ‘perdidos’. O bacana é que independente da idade todos se divertiam. E de maneira comportada. Sem ‘se passar ou abusar’.

Os Djs deram um show a exemplo dos grupos, cantores e cantoras que se apresentaram. Todos inspirados. Eu queria ficar nos três ambientes ao mesmo tempo. A animação geral se transformou numa espécie de combustível - pelo menos para mim, que não tomei nem a metade de latas de energético que tinha previsto.

O ruim é que tudo que é bom passa rápido. Então, de repente, o dia começa a amanhecer. E ainda tinha muita gente. A música eletrônica toma conta e o ambiente praia superlotou. Como não havia espaço, muitos continuaram na parte interna. A euforia era a mesma de horas atrás. 

Visualizo o celular: 07h30. O agito seguia freneticamente. Queria ficar mais tempo, mas não tive como negar um pedido de carona de uma amiga que nutro grande apreço. Ela tinha dito aos pais que chegaria em casa antes das 08h e suas amigas decidiram continuar por lá. Pelo que fiquei sabendo  o festerê  foi até às 11h.

Foram muitas as atrações. Muitas, também, foram às pessoas envolvidas direta e indiretamente neste que, há quatro anos, é o melhor réveillon do Noroeste gaúcho. E nesta última edição, com certeza, figurou, no mínimo, entre os cinco melhores do interior do Rio Grande do Sul. E no próximo tem todas as condições de ser o melhor.
  
Já tinha me impressionado no de 2015, mas este - 2017 - ultrapassou todas as minhas expectativas. Parabenizo todos os organizadores e ao público que festou bastante e de maneira civilizada.  

É claro que estarei por lá na próxima balada – em fevereiro, em data ainda a ser definida. E nas outras também. Não só pelo fato das festas serem bem organizadas, criativas e com ótimas atrações, mas, também, pela civilidade dos frequentadores e a excepcional cordialidade do pessoal da casa de shows e seus amigos que tive o privilégio de conhecer. Fiquei até constrangido com tanta gentileza.


Agradeço pela baita confraternização que proporcionaram para mais de duas mil pessoas que, com certeza, iniciaram 2017 mais alegres e esperançosas que tudo será melhor neste ano. 
Um dos três ambientes da Hipster 
*Fotos do evento: dazzle.com.br