No Brasil, segundo estatísticas, os
gastos da saúde pública decorrentes de problemas causados pelo aborto são
maiores que o câncer de mana.
28 de março de 2016
DO DELÉGIO (o colono forte de Ernestina)
No meu entender, só os indiferentes a tudo e a todos são felizes. Digo
mais: considero a frieza uma qualidade e não um defeito. Demorei a chegar a
esta conclusão e mais ainda a me adaptar. No entanto, consegui. Não sinto a
sensação da euforia e do prazer numa conquista, porém não sou atingido pela
tristeza e decepção quando algo ruim acontece.
A indiferença faz com que não tenha pena, nem raiva. Os problemas dos
outros são deles e não meus. As riquezas alheias são de quem as têm e não me
pertencem. Não me comovo quando passo por uma favela, nem invejo os
proprietários de mansões.
O que pensam sobre minha conduta não me importa. E não me interessa
saber. Não enalteço os elogios. Da mesma forma não condeno as
críticas. A indiferença, pelos menos a minha, implica em excluir a
razão e a emoção. O resultado é uma vida sem prazeres que é compensada pela “inexistência
de dores”.
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