7 de março de 2017

BELAS DE CARAZINHO

Márcia Granville

‘PEGADORES’, SERÁ?

Muitos homens comentam sobre suas conquistas amorosas. Leia-se: ficar com uma mulher.  Nisso, o sexo masculino é mais fofoqueiro do que as mulheres. E muitos exageram. Outros chegam ao cúmulo de mentir.

Poucos percebem, porém, que os que têm mais casos não comentam. E é por isso que conquistam mais. Só que poucos – ou quase ninguém fica sabendo.

Muitas mulheres não gostam de ouvir que aquele com quem teve, digamos, uma aventura falou a outras pessoas. 

Às vezes o verdadeiro ‘pegador’ é aquele que achamos que não pega ninguém.

Há, ainda, aqueles que preferem não manter relacionamentos – mesmo que por apenas uma madrugada – com mulheres da cidade onde residem. Optam por outras que moram em outras cidades. Questão de opção.

A maioria dos adeptos dessa postura faz o estilo ‘bebe quieto’.  Tem amizades, mas evitam turmas. São reservados. 

Mas independente disso ou daquilo, penso que a discrição sempre deve prevalecer.  


A LÓGICA DO BARÃO APLICADA EM CARAZINHO

O político, filósofo e escritor francês, Barão de Montesquieu, observou, ainda no século XVIII, que “a injustiça que se faz a um é uma ameaça que se faz a todos”.

A ‘camuflagem’ obsta a visualização do ‘ilegal transvestido’ e várias injustiças passam incólumes. Por isso, também, muitos não percebem que, sorrateiramente, poderão, obviamente de forma velada, serem injustiçados.


Porém, embora raríssimos, há perspicazes que, além de notar várias ‘aberrações ocultas’, compreenderam o ‘modus operandi’ dos praticantes e, consequentemente, entenderam a ‘lógica’ do autor da clássica obra literária ‘O Espírito das Leis’. 

Em tempo: não me refiro ao Poder Judiciário, mas às injustiças praticadas por abastados que conseguiram acumular muitos bens e dinheiro ilicitamente.