Não estou em São Miguel. E mesmo que
estivesse não iria ao velório do grande camarada Ademir da Silva, o Dhidhio. Não
me conforta nem um pouco ver pessoas boas de coração, justas e batalhadoras num
caixão. Nem na hora do ‘último adeus’. Isso é dilacerante.
Prefiro recordar da nossa última e, como
sempre, agradável conversa. Foi dia 20, sexta-feira. Há pouco mais de uma
semana. Inclusive o bem-sucedido empresário (sócio proprietário da MJM
Importação e Exportação) comentava sobre as férias que lhe foram madrastas abreviando
sua vida aos 50 anos de idade. Morreu vítima de problemas na vesícula. Estava em
Itapema, SC, e sentiu-se mal. Foi conduzido ao hospital e, posteriormente, a
Porto Alegre onde morreu ontem à tarde.
Quando folgo alguns dias e aproveito
para viajar, à primeira providência é ‘desligar’ o celular para me ‘desligar’
do mundo. Num ‘descuido’ deixei o aparelho ligado e, por impulso, atendi a chamada
de um amigo que me transmitiu a lamentável notícia.
Nestas horas, quando a incompreensão e a
revolta invadem o coração, por mais difícil que seja (e é dificílimo, quase
impossível, diria) devemos lembrar-nos de Deus que na sua infinita sabedoria sempre
sabe o que faz. Sempre.
Não há o que argumentar. Frases de
conforto soam distorcidas. Minha breve folga – como sempre sem destino –
transformou-se de diversão para reflexão.
O boa gente, Ademir da Silva, - Dhidhio
-. Uma das pessoas mais boa de coração e generosas que conheci e tive o privilégio de conviver
*Foto extraída do site do Sistema 103 de
Rádios (http://sistema103.com) |