29 de dezembro de 2013

NÃO SEI O QUE ESCREVER

Não estou em São Miguel. E mesmo que estivesse não iria ao velório do grande camarada Ademir da Silva, o Dhidhio. Não me conforta nem um pouco ver pessoas boas de coração, justas e batalhadoras num caixão. Nem na hora do ‘último adeus’. Isso é dilacerante.

Prefiro recordar da nossa última e, como sempre, agradável conversa. Foi dia 20, sexta-feira. Há pouco mais de uma semana. Inclusive o bem-sucedido empresário (sócio proprietário da MJM Importação e Exportação) comentava sobre as férias que lhe foram madrastas abreviando sua vida aos 50 anos de idade. Morreu vítima de problemas na vesícula. Estava em Itapema, SC, e sentiu-se mal. Foi conduzido ao hospital e, posteriormente, a Porto Alegre onde morreu ontem à tarde.    

Quando folgo alguns dias e aproveito para viajar, à primeira providência é ‘desligar’ o celular para me ‘desligar’ do mundo. Num ‘descuido’ deixei o aparelho ligado e, por impulso, atendi a chamada de um amigo que me transmitiu a lamentável notícia.  

Nestas horas, quando a incompreensão e a revolta invadem o coração, por mais difícil que seja (e é dificílimo, quase impossível, diria) devemos lembrar-nos de Deus que na sua infinita sabedoria sempre sabe o que faz. Sempre.


Não há o que argumentar. Frases de conforto soam distorcidas. Minha breve folga – como sempre sem destino – transformou-se de diversão para reflexão. 
O boa gente, Ademir da Silva, - Dhidhio -. Uma das pessoas mais boa de coração e generosas  que conheci e tive o privilégio de conviver  
*Foto extraída do site do Sistema 103 de Rádios (http://sistema103.com)