Há uma música dos Engenheiros do Hawaii –
‘Alívio Imediato’, que, em certa parte, diz: “Tudo se divide, todos se separam”.
Tem sentido. A maioria dos amigos que tínhamos
dez anos atrás não são os mesmos. Não que sejamos inimigos dos daquela época,
no entanto a intensidade não é a mesma. Normal.
Não é bacana, mas todos já romperam amizades por causa de desentendimentos, brigas e vários outros motivos, incluindo os banais.
Em outros 'casos', é decepcionante que as coisas terminaram
de uma maneira mais do que desagradável. A parte causadora sequer sabe mentir para justificar sua ação. A parte afetada tem convicção de como tudo aconteceu. É que sabe no 'meio' que a pessoa protagonizadora está envolvida. Por lá, em pouco tempo, a ambição faz cegar. Mas tudo bem. Certamente outros também agiram assim. E até de forma pior.
Esse é o tipo de amizade que nunca voltará a ser
como antes. Impossível. Por isso, o melhor que se tem a fazer é findar sem nenhuma
expectativa de reconciliamento. Mas com educação. O respeito deve prevalecer.
Os
contatos devem ser rompidos. Como se os envolvidos
nunca tivessem se conhecido e jamais serão apresentados.
O lado bom ao prejudicado é que isso foi mais uma prova de que gratidão não existe e, além disso, há 'seres humanos' que, pasmem, jogam de maneira abominável, com quem foi o responsável pela vida confortável que hoje desfrutam.
Além disso, serve de alerta: às vezes, quem jamais imaginamos podem nos causar profundas decepções. Sendo assim, não deixa de ser, apesar de amargo, um aprendizado.
Todos sabem que muitos, como no caso especifico da pessoa que agiu mais do que covardemente, se deixam contaminar pela ambição desenfreada. E, consequentemente, fazem atrocidades dos mais variados tipos. Penso, inclusive, que esse caso foi apenas um de inúmeros.
Repito: a amizade nunca voltará. Mesmo assim, reitero: a elegância das duas partes deve prevalecer. Nem inimigos e muito menos amigos.
Sem
falatórios. Tipo uma coisa que nunca existiu. Morreu. Encerrou. Ponto final. No
máximo, quem sabe, num eventual encontro, nada mais do que um oi. Ou nem isso.
Lamentamos, profundamente, quando episódios desse tipo
acontecem. Ainda mais desta forma, considerando os vínculos que quem prejudicou tinha com a família do prejudicado e que sempre lhe estendeu a mão. Inclusive enaltecia em voz alta. O 'tempo', de repente, fez esquecer.
Um ato isolado que, lamentavelmente, afetou os familiares dos dois envolvidos. E acabou de uma forma gratuita uma bela relação. O episódio também respingou em algumas amizades do prejudicado.
Ninguém quer o fim de algo que foi tão belo. E muito menos desta
forma. Mas, infelizmente, aconteceu. Penso que é muito melhor ser prejudicado do que prejudicar. Isso para quem tem consciência.
Feio fica para quem age como a pessoa sacana. Mas, talvez, para ela - e muitos outros do seu tipo - não. Quem sabe isso é motivo de risada. Cada um com seus princípios.
No mais, a vida segue.