19 de novembro de 2013
“OS FELIZES RIDÍCULOS”
Numa dessas madrugadas insones - que
insistem em me perseguir - e a ardência avisava que os olhos não conseguiam
acompanhar o raciocínio na leitura, larguei o livro e apaguei a luminária na
inútil ilusão que o sono chegaria. Mas nada. Nada, também, a fazer a não ser
esperá-lo.
Quando isso acontece só me resta pensar.
E, repentinamente, me veio à memória tudo o que classifico de ridículo e,
principalmente, seus adeptos. Matutei e conclui que, ao praticarem o que eu
julgo burlesco, estão sorrindo, alegres, felizes. Outro detalhe: não aparentam
preocupação, se estão sendo observados ou zombados.
Eu queria me livrar daqueles
pensamentos, mas - ao contrário da sonolência - eles invadiram obsessivamente
meu cérebro. Tentei me libertar. Inútil. Então, contra minha vontade, fui
avaliando os que, em minha concepção, são bregas. Naquela altura a insônia já
tinha se instalado de ‘mala e cuia’ em minha cama. E as comparações começaram.
Em todos os sentidos, aspectos, circunstâncias, jeitos e maneiras de encarar os
mais diversos tipos de situações.
E o relatório final de minha ‘incursão
avaliativa de conduta’ foi simples e taxativo: os ridículos são muito mais
felizes do que aqueles que desaprovam suas atitudes. E mais: naquele horário,
bem provavelmente, estavam dormindo sossegadamente, sem auxílio de soníferos.
Quem sabe, ao invés de ‘desprezados’, - por muitos - deviam ser ‘admirados’. E, do nada, recordei àquela
música do Gonzaguinha - que por sinal considero ridícula - ‘O que é, O que
é?’.
Na manhã seguinte, porém, lembrei-me de tudo e concluí que 'foi apenas um mal-estar passageiro'.
MORAL
O Reitor da Unoesc, Aristides Cimadon, ocupará a
cadeira nº 35 da Academia Catarinense de Letras Jurídicas. A posse ocorrerá em
2014, mas a aprovação do nome de Cimadon foi informada nesta semana pelo
acadêmico e presidente da entidade, Cesar Luiz Pasold.
A Academia Catarinense de Letras Jurídicas foi
criada em dezembro de 2012 e instalada oficialmente em abril deste ano. É
composta por 40 cadeiras, cada uma delas tendo o respectivo patrono, nome
ilustre da área jurídica na história catarinense. A cadeira que será ocupada
pelo Reitor da Unoesc tem como patrono Dante Martorano: advogado, pesquisador
do Direito, ensaísta, cronista e historiador.
Cimadon é graduado em Filosofia e em Pedagogia pela
Universidade de Passo Fundo (UPF) e em Direito pela Unoesc. Tem mestrado em
Educação pela PUC-RS e em Direito pela UFSC, além de doutorado em Ciência
Jurídica pela Universidade do Vale do Itajaí. É professor universitário desde
1977, quando ingressou na Unoesc, e desde então também ocupa funções de
liderança nessa instituição, onde está em seu quarto mandato como Reitor,
terceiro consecutivo.
Já publicou
dezenas de trabalhos científicos, cinco livros de sua autoria e sete em
coautoria. Entre os títulos de sua autoria estão “Autonomia dos Estados
Federados e Direito Educacional”, da Editora Conceito (2007), e “A Natureza
Jurídica das Fundações Criadas pelo Poder Público”, da Editora Unoesc (2002).
Reitor da Unoesc, Aristides Cimadon
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