Desde janeiro de 2003 Santa Catarina é
governada pela mesma turma. Tudo começou com a eleição de Luiz Henrique, em
2002, que para comandar o Estado duas vezes, pensando só nele, fez manobras com
coligações inconcebíveis unindo-se a inimigos históricos e, consequentemente, rachando
o PMDB.
Raimundo Colombo até foi bem no primeiro
mandato, mas sua segunda gestão foi pra lá de desastrosa. Um exemplo foi investir
R$ 262, 9 milhões na reforma da Ponte Hercílio Luz. Este valor, somando ao que
já foi investido desde 1982, chega a quase R$ 600 milhões. Sem contar que a
obra terá pouca – para não dizer nenhuma – utilidade.
Enquanto isso ignorou setores
prioritários como, por exemplo, a saúde, com falta de remédios essenciais e
atraso no repasse para manutenção de hospitais públicos. Sem contar que
desmereceu a segurança pública, recuperação de rodovias, educação e muitas
questões primordiais.
Neste tempo também assumiram a Casa d’Agronômica,
apenas para ter direito a aposentadoria vitalícia, Leonel Pavan (governou por
nove meses) e Eduardo Pinho Moreira – atual governador em
exercício. Ele teve que recorrer ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina
(TJSC) para receber o bondoso benefício, que findou no final do ano passado
(confira informação no final do comentário).
Na eleição de 2014, o PSDB, partido de
Pavan, não participou da coligação. No entanto, ele se elegeu deputado estadual
e nas últimas eleições municipais concorreu a prefeito de Balneário Camboriú –
seu reduto eleitoral. Perdeu. E, no nada, foi agraciado com a Secretaria de
Turismo. Negociata pura. Nada contra sua pessoa, mas o melhor que tem a fazer é
abandonar a política e investir numa fábrica de bengalas.
Pinho Moreira até que é coerente, mas é
outro que já deu o que tinha pra dar. Seria uma grande contribuição se voltasse
para Criciúma.
Esperidião Amim, que já comandou o
Estado em dois mandatos, anunciou que pretende concorrer nestas eleições. Este
é outro que, como dizem popularmente, “é bananeira que já deu cacho”. Aproveite
o resto de sua vida em seu sítio em Rancho Queimado.
É preciso renovar e eleger políticos
comprometidos com as questões prioritárias para o bem estar dos catarinenses o
que não aconteceu nos últimos anos.
Importante enfatizar que quem elaborou o
projeto de lei que acaba com a vergonhosa aposentadoria vitalícia dos
ex-governadores, aprovado na Assembleia, no final do ano passado, foi o
deputado Padre Pedro Baldissera.
O deputado Maurício Eskudlark retirou uma
emenda que propôs à matéria. Isso foi fundamental para a aprovação.
Ambos são do Extremo Oeste. Nossa
região, ironizada por muitos litorâneos, deu um verdadeiro exemplo que serviu de
referência para o Brasil.
Por ano, o Estado paga R$ 3,7 milhões em
aposentadorias a oito ex-governadores e às viúvas de outros três.