Nós, os anti-sociais, não somos egoístas. Talvez, altistas. Somos inconseqüentes, pois falamos o que passa em nossas mentes. Não conversamos com quem não simpatizamos.
Nós, os anti-sociais, não nos importamos em agradar. Até gostamos de desagradar para não precisar cumprimentar. Somos fechados e não queremos ‘achados’. Ficamos à distância dos que nos causam ânsia.
Nós, os anti-sociais, não almejamos ser o primeiro. Nem o terceiro. Simplesmente não nos atrai competir e muito menos, sobre nossas intenções, mentir. Queremos poucos amigos, de preferência que não nos visitem, nem nos lisonjeiem, muito menos nos irritem.
Nós, os anti-sociais, não desejamos o mal, apenas somos sem sal. Somos frios e não nos importamos com os brios. Não queremos ser vistos e nem vistos para viajar. Desconhecemos a ambição. Nossos sonhos, desde a infância, são limitados, pois aprendemos a observar a ignorância dos ambiciosos ilimitados. Podem criticar. Podem condenar. Mas, por favor, não queiram se aproximar.
Nós somos anti-sociais. E gostamos. Tudo respeitamos, mas quase nada apreciamos. A escuridão e, principalmente, a discrição, amamos. “Muito mais nos satisfaz dizer não aos que temos aversão do que ter um vidão”.