24 de abril de 2016

IDEALISTAS I

Admiro os jovens idealistas. Que sonham com um mundo mais igualitário, pois raros são os adultos que mantiveram a ‘essência’. Apenas uma minoria conservou uma visão ampla e não limitada (para não escrever egocêntrica).

Alerto, porém, que com o tempo o idealismo cede lugar ao realismo. Vivemos no Brasil. Levará muito tempo para nos desvencilharmos da ‘cultura terceiro-mundista’.

Foge de minha intenção desapontá-los caros adolescentes. Mas, com o passar dos anos, aquela vontade voraz de ‘consertar a humanidade’ vai desbotando e, por fim, desaparece.


IDEALISTAS II

Não condeno quem ‘esqueceu’ o que pregava e, atualmente, é o que ontem tanto criticava.  Afinal vivemos num ‘sistema’. Pior: pensamos que somos livres (a propósito: sugiro que leiam ‘1984’ – George Orwell).


Com o tempo, as responsabilidades e o medo aliam-se ao cansaço de tanto ‘nadar contra a correnteza’. E, infelizmente, quase sempre, a melhor opção é desistir. 

IDEALISTAS III

Mesmo assim, ‘boto fé’ nesta nova geração. Torço para que, ao contrário da minha, tenha êxito e consiga atingir o que almeja.

Quando pensam em vocês lembro-me de duas ‘obras primas’ que, acredito, vêm ao encontro de seus idealismos: ‘O Exército De Um Homem Só’ - Moacyr Sciliar (inclusive a história do personagem inspirou Humberto Gessinger a compor a música que tem o mesmo nome) e o clássico de Miguel de Cervantes: ‘Dom Quixote’.

Há, ainda, um som, do Ultraje a Rigor, composta pelo genial Roger Rocha Moreira, denominada ‘Crescendo II - A Missão (Santa Inocência). A criativa letra 'pede' que o jovem não se torne o oposto na idade adulta.  Também relata um fato ocorrido com ele, em 1987, quando a banda fez um show em Chapecó.


DE ONTEM

O boa gente Hilton Soares com a esposa, a sempre gentil Beatriz, na Four 

USUFRUA NO TEMPO CERTO

O verdadeiro miserável é aquele que é escravo do seu próprio dinheiro. Tem muito, mas sempre quer mais. A perda de migalhas leva-o à cólera. Pensa ser eterno. Que nada pode lhe atingir.


Alguns até vivem ‘além dos 80’, porém, não raro, doentes e sem condições físicas de poder aproveitar o que acumularam, lamentam as ‘oportunidades perdidas’ na idade que poderiam usufruir.