5 de novembro de 2009

POVO E FUTEBOL

Em Pinhalzinho, aqui perto de São Miguel, um homem matou o vizinho dele, de apenas 28 anos de idade, depois de discutirem sobre o resultado do Gre-Nal do último Gre-Nal.Pois é, será que algum dirigente do clube pelo qual torcia o morto foi ao velório?
Enquanto o povão briga, xinga, se agride e até se mata por seus times, os jogadores recebem seus altos salários. Já os cartolas engordam suas contas bancárias com as transições de atletas.
Por essas e por outras não sei se tenho pena ou raiva do povão. E ainda há o Zé Povo que à noite, ao invés de estudar, discute política na bodega.

FINADOS

Uma senhora disse para todos que a ouviam que não visitava o túmulo do seu pai, que morreu a mais de 20 anos, pela simples razão que ele não está lá. Só não fui apertar a mão dela e elogiá-la - pela magnífica frase - porque não a conheço bem.
Mas ela disse tudo. Foi muito feliz. Nos túmulos só estão os esqueletos. O que vale é o espírito.
Não quero sugerir que os túmulos não tenham que ser cuidados. Mas venerá-los é besteira. O que a alma do morto precisa, principalmente se o finado não teve uma conduta adequada em sua passagem pela terra, é de rezas.
E orações podem ser feitas em qualquer lugar. Mas tem que ser com fé.

BAFAFÁ

Repercute em toda região a prisão de uma carreta de São Miguel carregada com 1,5 tonelada de maconha no litoral do Estado, dirigida por Luiz Carlos Scharnoski. A PRF vai pesar a droga para saber se o montante pode ser ainda maior que a informada pelo condutor.
A propósito: o motorista é primo de um político bem conhecido de São Miguel.

DO LEITOR I

Conforme o noticiário local o banheiro público da favela Serra Pelada foi o pivô que resultou em duas mortes e um ferido domingo passado.
É que, pelo que fiquei sabendo, a confusão começou quando uma mulher disparou um tiro que feriu Leandro dos Santos. Ela disse que fez isso porque ele estava usando drogas no banheiro que, convenhamos, não é o local mais adequado para essa finalidade.
Todos sabem que na favela se consome e se vende entorpecentes. O ideal seria criar um espaço para fumar, cheirar e injetar e outro, mais sofisticado, com ar condicionado e frigobar, para comercializar as drogas, afinal muita gente da alta sociedade aparece por lá para comprá-las. *Assinado: Fernandinho Beira Mar, via e-mail. Em tempo: acompanho sua coluna via o Portal GC (www.portalgc.com.br).

DO LEITOR II

Fiquei sabendo que o cara que levou o tiro na favela realmente estava no banheiro. Só que não usando drogas e sim ‘passando um fax’. Nem sabia que a favela tinha esse tipo de aparelho.
De qualquer forma lá não é o lugar mais apropriado para se colocar um aparelho de fax. Mas para evitar novas confusões o ideal seria acompanhar a tecnologia e instalar uma internet.
*Assinado: Loirinha Entende Tudo.