7 de dezembro de 2016
AINDA NÃO SAIU DE MINHA CABEÇA
E se o
goleiro da Chapecoense não tivesse feito aquela incrível defesa no finalzinho
do jogo semifinal? E se a ANAC houvesse autorizado o primeiro voo que a Chape
havia solicitado?
E se aquele
outro voo que pediu prioridade para aterrissar no aeroporto de Medellín não
tivesse tido nenhum problema?
A confirmação
de qualquer um desses “e se...” (e certamente de vários outros desconhecidos)
teria evitado a tragédia.
A vida é um
acaso.
FUE SÓLO EL EFECTO COLATERA
A vontade de se libertar e o sentimento de
paz o dominaram. Ao mesmo tempo, a velha angústia, companheira implacável,
pedia passagem para lembrar que o sol é o responsável por muitas ‘sombras’
lesivas. Naquele instante constatou o óbvio: é impossível voltar no tempo,
exceto em pensamentos.
A ‘viagem’ começou pelo sentimento do
dever não cumprido. Do medo de fazer algo desejado. Da preocupação. Mas, ao
mesmo tempo, as ‘cicatrizes’ lembraram que o que importa é o que será.
A ‘floresta’ não assusta mais. Até alivia
quando os bálsamos, em forma de cápsulas, não atingem o objetivo de alcançar o
inverso da ansiedade.
Passou por árvores raras, animais
ameaçados de extinção e pela incrível sensação da ‘quase certeza’ de que já
esteve lá, em outro tempo. E o principal: de forma sublime. Abençoado por
‘bruxos do bem’ e amaldiçoado por ‘anjos do mal’. “Sempre brilhará”, pensou,
lembrando Celso Blues Boy: “Por dentro eu sei que nunca senti nada além
de amor em tudo que vivi”.
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