29 de março de 2013

SANTA SEXTA-FEIRA


Durante todo ano comemoramos quando chega à sexta-feira. Com raras exceções, a maioria das pessoas acorda feliz, mais disposta e animada. Estes sentimentos florescem mais naqueles em que o expediente semanal de trabalho termina às 18h -ou até antes- da tão esperada sexta-feira.

Os jovens também ficam eufóricos por causa das baladas ou por poder passar mais tempo namorando. O humor melhora; o comportamento muda.

Parece que nosso cérebro já está acostumado -numa espécie de programação- a liberar mais endorfina. Porém ele desconhece, até por não ser função dele, mas da nossa consciência, de alterar o ritmo em apenas uma sexta-feira: a Santa, que representa a crucificação de Jesus Cristo.
        
        No entanto, mudar hábitos é complicado. Além disso, há a grande mídia que faz com que a Sexta-Feira Santa esteja muito mais para começo de feriadão do que um dia para refletirmos nas ações daquele que todos afirmam acreditar e amar de coração.
        
        Hoje, por exemplo, nas capitais e grandes cidades, a preocupação maior será conseguir comprar ovos de chocolate do sabor -ou valor- desejado. Os shoppings estarão lotados e as igrejas praticamente vazias. No almoço, peixe muito bem preparado e à tarde, em vários casos, cerveja gelada e música sertaneja.