Comprou uma camisa
falsificada de uma grife famosa. Não reparou tratar-se de réplica. Nem que o
pequeno jacaré é sinônimo de status. Adquiriu pela cor: vermelho. Leu, numa
revista velha, que as mulheres “gostam do rubro”.
Aproveitou
para adquirir um lenço. Não para utilizá-lo em dias que o resfriado o visitar. Seu
uso é para secar o suor. Principalmente do cansaço quando sobe o morro para
“aliviar a tensão” e “rir sem motivo”.
Saiu do nada.
Não tem nada. Seguidamente, num rio sujo, nada. E morre. Lentamente. Sem
querer. Sem perceber. Sem saber.
Oscila no
apreço à menina aflita pelo seu amor que ele não conhece. Não sente. Desconhece
o que é amar. Nunca viu nem de longe o mar.
O dinheiro é
escasso. Prefere andar descalço. Já se habituou. Algumas vezes, a cela, escura e
úmida, habitou. Até gostou. Lá se alimentou.