Depois de ouvir a mensagem rememorou, ouvindo em volume baixo 'Prisão das Ruas' - Ira, aquela noite de 2003. Daquela mulher
linda, inteligentíssima, culta e outros atributos.
Quis o destino que dez anos após
iniciassem uma amizade. As conversar virtuais se tornaram rotineiras.
O mesmo destino foi responsável por, um
anos depois, beijá-la. E se apaixonar.
Mas o destino, aliado a imprevisível
personalidade dele, também foi o responsável por aquilo que poderia ter acontecido.
Só que o destino não apagou o sentimento
que nutria por ela. Seguiram amigos e
dialogando. A confiança mútua fez que o encanto dele o confundisse. No apogeu
dos seus sentimentos não conseguia discernir se a queria como namorada ou melhor
amiga.
Sabia apenas que era amor. O verdadeiro
amor. Daqueles que quando ela sofria algum revés ele, mesmo só ouvido seu relato,
sofresse mais.
E, não raro, nas madrugadas insones, ela
aparecia em seus pensamentos. E, igualmente, não raro, quando isso acontecia, seus
olhos ficavam úmidos. Ambos sabem o motivo.
E ele, talvez numa atitude alucinada, na
sua imaginação, começou a considera-la sua irmã. E a fantasia se tornou
realidade. E ele, igualmente, talvez, também numa atitude insana, a considera uma
irmã.
As terapias não foram suficientes para
reverter a situação. Quem sabe foi e é a única mulher que realmente amou e ama.
Desde aquela madrugada de 2014.
https://www.youtube.com/watch?v=8s9OeYQrBXM