Sei que todos acham
estranho. Mas a minha melhor terapia é viajar sozinho. Principalmente
distâncias curtas (pouco mais pouco menos de 700km ida e volta).
Sair a hora que quiser,
ouvir o som que quiser, parar onde e quando quiser e até – já aconteceu – mudar
o destino no trajeto. Sempre só.
Geralmente paro em
algum lugar. Numa que fiz recentemente estacionei o carro à beira da rodovia,
num local alto, numa entrada de estrada de interior.
Saí, peguei um
energético e fiquei apreciando a bela vista, além do vento fresco.
Totalmente distraído,
me assustei quando, repentinamente, dois homens encorpados saíram do mato. Cada
um com um facão.
Pensei: podem roubar meu carro, dinheiro e até a roupa que visto, mas não quero morrer. Ainda mais de
facão.
Há uma enorme diferença
numa manchete que diz: ‘jornalista e acadêmico de Direito é
assassinado a "faconadas" com ‘jornalista e acadêmico de Direito é assassinato com arma de uso restrito das Forças Armadas’. A segunda dá muito mais moral. A primeira é ralé.
Cumprimentaram-me.
Expliquei que tinha parado para beber um energético. Um deles, então, indagou:
“O senhor não viu, por acaso, uma Ranger branca?" Respondi que não.
Ele disse que estavam
procurando, pois o referido veículo tinha sido furtado. Ficamos conversando.
Aí eu perguntei ao
outro se a camionete tinha seguro. Ele ficou confuso e respondeu: “Não sei. Mas
se tinha roubaram junto”, kkkkkkk.
Na hora consegui me conter, mas depois ri muito. Sei que isso não é legal, mas não deu para me segurar.
No dia seguinte, acessando sites de notícias daquela cidade, soube que encontraram o veículo. Estava abandonado.
Na hora consegui me conter, mas depois ri muito. Sei que isso não é legal, mas não deu para me segurar.
No dia seguinte, acessando sites de notícias daquela cidade, soube que encontraram o veículo. Estava abandonado.