Tantas cidades numa cidade. É muito
tempo para escolher o que fazer. Saio sozinho, porém jamais pelo mesmo caminho.
Na ‘fase’ da lua crescente me sinto
indiferente. Euforia e melancolia resultam na mesma melodia.
Disfarço para ganhar ‘espaço’, mas
sempre me embaraço. Parar num lugar sem saber se lá pretendo ficar. É que são
inúmeros os locais para se fascinar.
Essa cidade é encantadora, até parece
que não há gente ‘amadora’.
Alertaram-me que certos locais são
perigosos. Fui em todos e conversei até com os mais idosos. Nunca fui atacado por maldosos.
Tenho amizades e, por incrível que
parece, consegui fazer inimizades. Coisas de diferentes personalidades e/ou
cumplicidades. Ocasionadas naqueles momentos que voltamos aos 15 anos de idade.
Semelhantes a adolescentes, porém jamais inconsequentes.
Sempre saio do hotel sem objetivo,
entretanto tudo me deixa ativo e nunca fiquei cativo.
O olhar da menina eleva minha
autoestima. A realidade, porém, lembra minha idade.
Estar lá é uma terapia, ainda mais
quando converso com uma elegante e adulta guria.
Penso o que seria se lá moraria. A
conclusão é que não teria tanta alegria, pois numa rotina viraria.
Sempre fui alheio ao rotineiro.