Vamos desenhar pra turma que não sabe diferenciar objetivo,
circunstancia, oportunidade, tendência, decisão, consequência, mérito, fazer
justiça (de verdade), ideologia, intenções e “ordem natural” das coisas.
Aí você vai no restaurante próximo do hotel onde está hospedado, pensa
em algo não muito pesado e pede uma massa bolonhesa. Ocorre que, não conhecendo
a casa, recebi algo com molho um tanto gorduroso. Sem frescura, mandei pra
dentro.
Não pegou muito bem. Como tem um supermercado do lado, comprei um
iogurte pra dar uma rebatida. Aquele de 900 ml, que sai em conta e o que sobra
põe no frigobar.
Nessa altura dos acontecimentos, já dá pra vislumbrar que as
circunstancias nem sempre favorecem aos objetivos. Mas o problema mesmo, é que
ao invés de abraçar a oportunidade de avaliar ações x objetivos, você não se
conforma e toma uma decisão cuja tendência vai provavelmente contra os
objetivos. Aí você toma a garrafa de iogurte inteira.
Refrescante, né? Bom, nada que um estágio de “merditação no escretório”
não resolva mais tarde. (seria o mérito devido ao iogurte). Muito
desafortunadamente, no meio da noite, vem o refluxo. Que delícia, acordar com o
esôfago em chamas e a tubulação superior vertendo bile. E tudo que se queria
era “algo leve”.
Digamos que a consequência faz plena justiça à decisão tomada, e as
teorias ideais sobre o que iria acontecer - malgrado as melhores intenções, -
não corresponderam ao que, se observado mais realisticamente, forma a ordem
natural das coisas.