22 de setembro de 2017

SETEMBRO VERDE – PREVENÇÃO DO CÂNCER DE INTESTINO

Obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e dieta rica em carne vermelha e processada são os principais fatores modificáveis que contribuem para o câncer de intestino. A doença atinge, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para 2016/2017, 34.280 pessoas. O número de mortes é alto, 15.415, ou seja, 44% dos atingidos. Por isso, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) realiza neste mês a campanha Setembro Verde, de conscientização sobre a importância da prevenção à doença.

Ao contrário de outros tipos de câncer que são diagnosticados já como doença, o de intestino possui um aspecto diferenciado, podendo ser prevenido antes mesmo de se tornar um problema maior na vida das pessoas. Segundo o membro da Sociedade Brasileira de Coloproctologia e especialista em endoscopia, Marcos Pelegrini, o câncer de intestino é considerado, dependendo do sexo (masculino, feminino), o segundo ou até terceiro câncer mais comum. No caso das mulheres, ele perde apenas para o câncer de mama, e para o homem, está em escala inferior ao câncer de pulmão e de próstata.

Pelegrini ressalta que em outros casos de câncer, o diagnóstico é feito normalmente quando a pessoa já está com os sintomas da doença avançados, ao contrário do câncer de intestino, onde a prevenção é determinante. “Ao analisarmos por meio de um exame específico, que as pessoas podem fazer a partir dos 40 anos de idade, conseguimos identificar se existem lesões denominadas de pólipos e se essas vão desenvolver algum tipo de tumor. Com base nisso, conseguimos trabalhar a prevenção no paciente”, esclarece.

Entre os fatores não modificáveis para a doença estão idade acima de 50 anos e histórico de pólipos e câncer colorretal (pessoal ou familiar), diabetes tipo 2 e doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa e doença de Crohn). Geralmente o câncer do intestino origina-se de um pólipo, mas essa pequena verruga na mucosa do intestino leva, em média, 10 a 15 anos para se tornar maligna.

O exame segundo o especialista, denominado colonoscopia, permite a visualização do interior do intestino por meio de uma mini câmera que ao ser introduzida, transmite imagens, que ao serem analisadas pelo médico especialista, vão identificar ou não a presença de algum tipo de lesão. Conforme Pelegrini, a Clínica Pelegrini, possui equipamentos de alta definição com tecnologia digital onde as pessoas podem buscar ajuda para realização do exame e principalmente, efetuar a prevenção. 

Ele enfatiza ainda que as pessoas ao detectarem algum tipo de sintoma como desconforto, dor, anemia, perda de peso, é necessário procurar ajuda médica para identificar o problema. “Mais de 80% das pessoas possuem chances de cura quando fazem a prevenção. Então é muito importante que as pessoas busquem o médico, façam o exame a cada cinco ou 10 anos, ou ainda, quando houver a presença de lesões, realizem o exame a cada ano para evitar a evolução ou retomada da doença”, finaliza.


Marcos Pelegrini é membro da Sociedade Brasileira da Coloproctologia e especialista em endoscopia

*Foto e texto: Agência Pólo.