10 de julho de 2017

SEGUE EM ALTA II

Além da idoneidade dos empresários do setor, uma das hipóteses para a compra de imóveis continuar aquecida é justamente a crise. 

Vários empresários e profissionais dos mais variados setores temem deixar o dinheiro na poupança e outras aplicações. 

Muitos não esquecem março de 1990, quando Fernando Collor assumiu a presidência do Brasil. À época ele anunciou um plano que prometia acabar com a inflação do país, que estava na casa dos 2.000% ao ano. 

Por meio de uma Medida Provisória, Collor e sua então ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, bloquearam a poupança e todas as aplicações financeiras da época acima de NCZ$ 50 mil (cruzados novos) - o equivalente hoje a R$ 6 mil. 

O objetivo foi o de diminuir a quantidade de circulação de dinheiro na economia, o que inibiria o consumo e, por sua vez, ajudaria a reduzir as exorbitantes taxas de inflação. 

A promessa foi de devolução 18 meses depois, em parcelas e com uma taxa fixa de remuneração. 

A medida causou indignação nos brasileiros. Muitas empresas quebraram e incontáveis pessoas físicas foram duramente atingidas.