23 de maio de 2017

DOIS ADVOGADOS; NENHUM PARECER

Quinta-feira à noite resolvi ouvir, pela Rádio Peperi AM, a sessão da Câmara de Vereadores de São Miguel. Debatiam e analisavam minuciosamente um importante projeto. Peguei pela metade. A mesma matéria, salvo engano, era sobre um desmembramento que já tinha sido pauta para elaboração de outros dois projetos: em 1977 e 2011. 

Pela sua relevância, obviamente, antes de ser colocado em votação,  foi baixado para análise das comissões que emitiram pareceres favoráveis.   Só que foi a plenário sem parecer jurídico do Legislativo. Só do Executivo.

A vereadora e advogada Maria Tereza Capra observou esse ‘pequeno detalhe’. O presidente interrompeu a sessão por cinco minutos. No retorno, concordou com a vereadora e pediu que a Assessoria Jurídica emitisse um parecer até sessão seguinte.

Lembrando que a Câmara de São Miguel possui dois advogados. Um deles é concursado e está por lá desde 2006.  Também exerceu o cargo em anos anteriores a sua aprovação.

Entendo que pela sua experiência deveria saber da importância do parecer jurídico, considerando a complexidade do projeto. Deu a impressão de que “se ninguém pede deixa como está”.

Em tempo: sobre o concurso público do qual o referido advogado passou tenho a dizer que no meu entender não ouve  nenhum indício de fraude. E no apogeu da minha sinceridade acredito que tudo ocorreu dentro da mais absoluta lisura. À época até ouve um diz-que-diz-que, que, na minha opinião, não teve sentido algum.
 
Vereadora Maria Tereza Capra