Rousseau afirmava que um gato nasce gato
e, ao nascer, nasce sabendo viver como gato. Ele já tem no seu instinto todas
as respostas para uma vida.
Assim, um gato com fome não come
alpiste. Não está programado para isso, tanto quanto um pombo não come filé.
Gatos e pombos são regidos pelo próprio instinto.
O que aprendemos com Rousseau? Que não
somos nem gatos nem pombos. E por quê? Curiosamente, observa ele, o homem não
nasce sabendo.
Resta aprender a viver. A natureza não
esgota a vida do homem. O instinto é pobre. A vida é complexa. O homem precisa
ir além da sua natureza. E esse ir além, transcender, é único.