Quando o ministro
Fachin, por quem tenho o maior respeito, foi indicado para o STF, seu ingresso
na Corte dependeu da mudança de um ministro da Primeira, para Segunda Turma,
porque se aludia que o recém indicado não poderia atuar na Lava-Jato.
É bom
refrescar a memória, e lembrar que a indicação demorou mais do que uma gestação
humana e a sabatina mais do que qualquer masoquista seria capaz de suportar.
Agora,
com a vaga havida no Supremo, os mesmos que cacetearam a nomeação de Fachin,
aplaudem sua mudança de Turma, e torcem para que ele seja o sorteado para
relatar a Operação.
O “vilão”
virou “herói”, e perdemos apenas a coerência. De tudo, duas coisas se extraem:
há excesso de desconfiança quanto ao STF, e o STF ajuda a cumprir a profecia,
pois joga o jogo dos desconfiados.
*(escrito no dia 1º de fevereiro)