30 de dezembro de 2016

COMEÇANDO BEM A FOLGA DE FINAL DE ANO II

Por outro lado, ao chegar em Carazinho, como sempre acontece, tudo muda. A sensação agradável de parte da feliz infância me invade. É como se fosse um benzodiazepínico natural. Ideias, pensamentos, perspectivas e, sobretudo, humor se alteram para melhor. Indescritível. Inexplicável.

Até o trevo de acesso à cidade, o cara que sempre afirma que jamais casará e nunca terá filhos, observa casais com crianças e, repentinamente, começa a sonhar em subir ao altar e imaginar se será menino ou menina o primeiro fruto da união do casal.

O sujeito que venera a solidão quer ficar rodeado de pessoas. Deseja conversar com gente amiga e, também, com desconhecidos. Andar a pé pelas ruas.

Mesmo sem dormir a quase 24 horas brinca com a recepcionista do hotel. É simpático até com as pedras. Imagina como serão as baladas e, principalmente, risadas.

Não se dá conta que, na verdade, quem assumiu o ‘comando’ de sua vida depois do trevo foi a criança, assim como o adulto voltará a conduzi-la no mesmo instante que iniciar a viagem de retorno.


Isso Freud explica. E é por isso que já defini que Psicologia será a minha terceira graduação.