Ontem completou 20 anos da ‘partida’ do
magistral Renato Russo. Ele nos deixou aos 37 anos de idade. Refiro-me a
‘partiu’ e não ‘morreu’, pois, à época, o médico dele, em uma das entrevistas,
afirmou que o cantor praticou a “Ortotanásia” - recusou a medicação que poderia
prolongar sua vida. Ou seja: não queria mais viver.
Embora Renato Russo fosse soropositivo - causa
do óbito -, além de ser usuários de drogas lícitas e ilícitas, o motivo de
encurtar a própria existência foi, na verdade, segundo quem o conhecia, a forte
depressão que a perseguiu deste sua tenra idade.
Para se ter ideia, antes do show do lançamento
do primeiro disco da banda - ‘Será’; ‘Geração Coca-Cola’; ‘Ainda é Cedo’;
‘Soldados’ e ‘Por Enquanto’, principais
sucessos do álbum -, ele tentou o suicídio cortando os pulsos.
Umas das mais evidentes provas que padecia da
denominada “doença do século” foi à música ‘A Via Láctea’, do último trabalho
da banda (A Tempestade), lançado poucos meses antes dele deixar o planeta
Terra. Outras canções evidenciavam a enfermidade como, por exemplo, ‘Há Tempos’
e ‘O Teatro Dos Vampiros’.