12 de outubro de 2016

FALTOU DIZER I

Ontem completou 20 anos da ‘partida’ do magistral Renato Russo. Ele nos deixou aos 37 anos de idade. Refiro-me a ‘partiu’ e não ‘morreu’, pois, à época, o médico dele, em uma das entrevistas, afirmou que o cantor praticou a “Ortotanásia” - recusou a medicação que poderia prolongar sua vida. Ou seja: não queria mais viver.

Embora Renato Russo fosse soropositivo - causa do óbito -, além de ser usuários de drogas lícitas e ilícitas, o motivo de encurtar a própria existência foi, na verdade, segundo quem o conhecia, a forte depressão que a perseguiu deste sua tenra idade.

Para se ter ideia, antes do show do lançamento do primeiro disco da banda - ‘Será’; ‘Geração Coca-Cola’; ‘Ainda é Cedo’; ‘Soldados’ e ‘Por Enquanto’,  principais sucessos do álbum -, ele tentou o suicídio cortando os pulsos.

Umas das mais evidentes provas que padecia da denominada “doença do século” foi à música ‘A Via Láctea’, do último trabalho da banda (A Tempestade), lançado poucos meses antes dele deixar o planeta Terra. Outras canções evidenciavam a enfermidade como, por exemplo, ‘Há Tempos’ e ‘O Teatro Dos Vampiros’.