12 de setembro de 2016

DUTRA (morte: por que ‘você’ é assim?)

Jovens morrem e deixam pais vivos por fora, porém mortos por dentro.  Mortes de pais que traumatizam os filhos.

Mortes pela avançada idade. Pior são as repentinas e prematuras. Às vezes as duas se unem.

Idosos que vivem a duras penas, com a morte rondando-lhes, e antes de ‘o sono eterno chegar’ convivem com muita dor física e emocional. Eles sofrem. Os familiares mais ainda.

Sim, eu sei, a vida continua depois das ‘partidas’. Mas, mesmo assim, não poderia ser diferente? A morte é impiedosa, pois é responsável por dores dilacerantes. Muitas duram até a morte.

Também sou sabedor que antidepressivos e terapias auxiliam. Mas a cicatriz fica. E essa nem o melhor cirurgião-plástico consegue resilir. Óbvio. O ferimento está na alma e não no corpo.

Não, não me esqueci do tempo. Dizem que é o melhor remédio, mas todo medicamente tem efeito colateral.

É isso aí. Nada mais há dizer a não ser tentar, de todas as formas, afastar lembranças de mortes - recentes e antigas - responsáveis por, repentinamente, fazer os olhos lacrimejarem sem que se perceba.   


https://www.youtube.com/watch?v=nZJQOtpk9e0