24 de dezembro de 2015

DUTRA (Dom Quixote)

Morar embaixo da ponte e se alimentar com pão e água, se preciso for. Mas jamais trair a personalidade. Viver sem posses, mas nunca se unir a safados. Defender o certo e condenar o ilícito. Sempre.

Aguentar firme as represálias e perseguições veladas. Afastar-se dos salafrários e egoístas desenfreados – que ludibriam.

Ter em mente que esta vida é passageira ou, quem sabe, o inferno é aqui. A verdadeira vida é ‘do outro lado’ e começa com o findar desta. Aqui apenas plantamos o que vamos colher depois da morte.
        
Aceitar e até agradecer as enfermidades – sobretudo as da alma. Buscar tratamento, mas jamais reclamar do infortúnio que, na verdade, é uma benção. Somos o resultado de nossas ações – incluindo as existências anteriores.


No silêncio, praticar a caridade material e espiritual. Não invejar. Mil vezes ser trapaceado do que enganar. Lembrar que somos finitos e se espelhar nos bons de coração.