23 de outubro de 2015

A SOLIDÃO DO DUTRA

Admiro quem grita. Tento fazer o mesmo. No sonho consigo. Na solidão também. Na vida real esbarro no “nó da garganta”.

Na janela do quarto do hotel, visualizando parcialmente mais uma cidade, a “sensação de paz”, proporcionada pela drágea, me invade. E alimenta a esperança que desta vez poderá ser diferente. “Às vezes é”. Amanhã, ao acordar, saberei. Ouço ‘A Lua’ - MPB 4, mas prefiro ‘Pois é, Pra que’. 

Boas amizades que não vingam pela “simpatia pela antipatia”. Pessoas e conversas agradáveis vencidas pelo “sentimento desagradável de companhias”.


E, do nada, sem perceber, a inquietude me invade e, com ela, a voraz vontade de ficar só. “E pensar no que poderia ter sido”.