Admiro quem grita. Tento fazer o mesmo.
No sonho consigo. Na solidão também. Na vida real esbarro no “nó da garganta”.
Na janela do quarto do hotel,
visualizando parcialmente mais uma cidade, a “sensação de paz”, proporcionada
pela drágea, me invade. E alimenta a esperança que desta vez poderá ser
diferente. “Às vezes é”. Amanhã, ao acordar, saberei. Ouço ‘A Lua’ - MPB 4, mas
prefiro ‘Pois é, Pra que’.
Boas amizades que não vingam pela
“simpatia pela antipatia”. Pessoas e conversas agradáveis vencidas pelo
“sentimento desagradável de companhias”.
E, do nada, sem perceber, a inquietude
me invade e, com ela, a voraz vontade de ficar só. “E pensar no que poderia ter
sido”.