2 de setembro de 2015

PARA ELA

Ironia? Quem diria que um dia eu a encontraria numa choperia?
Casualidade? Nessa idade? Justo naquela cidade? E o que dizer de sua sensualidade? Confesso: bateu saudade de nossa intimidade.

Você me encarava. Nem disfarçava. Ele não notava - tão embriagado estava -.  Eu nada imaginava. A indiferença me coordenava.

Quanto tocou aquele som o bilhete você entregou ao garçom. Seu “dom” continua muito bom.  E naquele momento combinava com a cor do seu batom.  

Mesmo hotel? Na hora do coquetel? No apartamento do bacharel? 

Não, de imediato, disse minha intuição. Previu confusão. Acatei sua orientação. No dia seguinte acertei a conta na recepção. Segui em outra direção. Sem qualquer ação ou comoção. Nem afiliação ou emoção.