14 de agosto de 2015

IMUNDOS DE ESPÍRITO

Antes de tudo precisamos ter consciência que o trabalho das polícias civil, militar e federal é difícil para deter traficantes. São necessárias várias provas como, por exemplo, filmagens, testemunhos e, quase sempre, por medo, ninguém colabora.

Há, ainda, outra situação: muita gente de São Miguel busca entorpecentes em outras cidades e aí, mesmo que se trabalhe em parceria, cabe a polícia daquele município resolver a questão.

Por mais evidências que existam não é tão fácil quanto parece colocar um traficante atrás das grades. Além disso, mesmo depois de flagrado, o meliante tem direito a ampla defesa e, não raro, com bons advogados, muitas vezes, fica ileso.

Tenho verdadeira aversão aos traficantes. E quando o assunto é crack nem se fala. Esta droga é simplesmente devastadora. Pelos relatos, praticamente não há saída. Sendo assim, quem vende crack não é traficante; é assassino.

Os vendedores de drogas são tão detestáveis que aceitam qualquer objeto em troca: desde camisetas de grife até eletrodomésticos. Tudo para manter o pobre coitado no vício.

Na verdade, não tenho tanta pena do dependente, pois, com tantas campanhas, deveria saber dos malefícios das drogas, incluindo as lícitas.

Minha tristeza é ver pais que criaram um(a) filho(a) com tanto zelo e se deparam com uma situação insustentável. E, por mais que reconheçam o erro daquele que colocaram no mundo, o instinto fala mais alto e lembra que filho é filho. São os pais que mais sofrem. Destes sinto pena.

Os traficantes além de, obviamente, obterem dinheiro de forma ilícita - e fácil -, destroem famílias e acabam com vidas. São imundos de espírito.

Sou contra a pena de morte, mas a favor da prisão perpétua e, nesses casos, da tortura. Que pelo menos sintam na carne o que fizeram (fazem) muita gente sentir na alma.