1 de julho de 2015

EU; GENTE; JEITOS; LIBERDADE; ANDO SÓ; FUTURO

A última virada de ano que passei em São Miguel foi à de 2004/2005. Ano passado foi em Carazinho. No anterior em Ijuí. Teve, ainda, Passo Fundo, Erechim, Chapecó, Porto Alegre e outras cidades como a pacata, porém aconchegante, Erval Grande (mas aí é outra ‘história’). 

É óbvio que sempre chego com antecedência. É impressionante que cada povo – mesmo os municípios sendo próximos – tem sua forma de comemorar o réveillon. Isso me fascina. É por isso que gosto de viajar. Passar finais de semana em outros lugares. Sozinho. Sempre. Conversar com pessoas diferentes. Flertar com mulheres atraentes (e, às vezes, ir um ‘pouco além’). Mas nada de ‘compromisso’.

Mas resolvi fazer um teste. Saí, em São Miguel, entre maio e junho, depois de muito tempo, sete sábados consecutivos (na verdade em um fui a Guaraciaba). Também dei uma volta numa quinta-feira à noite (feriado de Corpus Christi).

Conferi baladas de som eletrônico, rock e sertanejo. Todas bacanas. Revi conhecidos. Conversei com amigos. Tudo muito agradável. Mas faltou aquela “sensação” que não sei definir. É uma mistura de curiosidade com aventura. Só consigo senti-la em outras cidades. E quanto mais desconhecida, melhor. Estranho para alguns. Loucura a outros. A mim, porém, prazerosa.

Dizem que isso é próprio de jornalistas. Não sei. Até por que estou muito mais para acadêmico de Direito do que para graduado em Jornalismo.

Depois de me tornar um bacharel em Direito e ser aprovado nas duas fases do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e, posteriormente, me inscrever na OAB – e pagar suas mensalidades – para exercer a advocacia, me darei o luxo de cursar Filosofia. Por capricho. Mas tudo sem pressa. E mantendo minha conduta.  

Até agora nada de grave me aconteceu. Sequer um pneu furou. Conheci muitas pessoas (sem antes saber de suas índoles ou posturas). Esta é outra peculiaridade que me persegue desde a tenra idade: arriscar. É evidente que sou adulto o suficiente para, ao menos, perceber o estilo de quem me aproximo e de quem quer se achegar.

Já tive que sair pela “tangente”. Por outro lado, já fiquei conversando cinco horas a fio com uma recém-conhecida. Também tive que mudar o caminho de volta para casa. Não por vontade. Por imprevistos que na hora me irritaram. Depois, ao lembrá-los, é difícil conter o riso. Principalmente dos que ouvem.

Imagino que essa seja a minha atração pela solidão que, no meu entender, é sinônimo de liberdade. A vida me ensinou que jamais devemos dizer nunca, mas casamento e filhos não estão nos meus planos. Na verdade acho que jamais estiveram.

Inseguro? Talvez. Egoísta? Quem sabe. Indiferente? Pode ser. Quanto ao futuro? Este a Deus pertence. E, ademais, a cada ano investem mais no aprimoramento dos asilos. E dos “manicômios” também, ahahahahah. “Ando só, pois só eu sei por onde ir, por onde andei. Ando só nem sei por que...” (Humberto Gessinger).