23 de dezembro de 2014

DUTRA (pajador)

Tenho noção que, por alguma razão, preciso sentir esta aflição. Colho os frutos de minha última reencarnação.

Em Deus acredito. Por isso não reclamo desse infortúnio maldito. Ele é bom e justo. Jamais quer nos ver no espinho do arbusto.

Troquei o lamento pelo agradecimento, pois a dor é para meu engrandecimento. Prometo suportar meu tormento. É parte do pagamento a quem causei sofrimento.

A lágrima não alivia. O remédio vicia. A ansiedade só finda na madrugada tardia. Esta é minha saga doentia. Curado - quem sabe - ficarei um dia desta minha agonia.

Minha interpretação é que toda essa agitação faz parte de minha evolução.


Firme aguentarei. Não sucumbirei. Muito rezarei. E de outros em condição bem pior lembrarei. E a Deus louvarei.