Para Nelson
Rodrigues, ‘na vida, o importante é fracassar’. É claro que o fracassado ficará
mal, mas proporcionará prazer para muitos. Nada mais animador que saber que
alguém ‘quebrou’. A sensação dura pouco, porém é extasiante. Conforta.
E ingênuos
são os que pensam que os ‘amigos’ se entristecem ou ficam abalados com o fracasso. Estes, talvez, são os que mais ‘saboreiam’ a efeito deslumbrante da
queda alheia. Isso quando 'sorrateiramente' não colaboraram para o insucesso.
Também interpreto o pensamento do jornalista, escritor e dramaturgo - além de torcedor fanático do Fluminense - , que
morreu em 1980, de que o sucesso dos outros incomoda. Daí a euforia quando alguém sucumbe. Ainda mais num lugar onde
reina a hipocrisia. “Nada a
ver com São Miguel”.
Pela
‘felicidade’ que proporcionam, os fracassados deviam ser vangloriados e
não desprezados ou discriminados. E o interessante é que a maioria
que fracassa é gente honesta e, muitas vezes, se deu mal por ajudar
demasiadamente, além de não burlar leis, nem ludibriar e muito menos explorar.