26 de janeiro de 2014

IMUNDOS DE ESPÍRITO

Antes de tudo precisamos ter consciência que o trabalho da Polícia é difícil para deter traficantes. São necessárias várias provas como filmagens, testemunhas e, quase sempre, por medo, ninguém colabora.

Por mais evidências que existam não é tão fácil quanto parece colocar um traficante atrás das grades. Além disso, mesmo depois de flagrado, ele tem direito a ampla defesa e, não raro, com bons advogados, muitas vezes, fica ileso.

Tenho aversão aos traficantes. E quando o assunto é crack nem se fala. Esta droga é simplesmente devastadora. Pelos relatos, praticamente não há saída. Sendo assim, quem vende crack não é traficante; é assassino.

Os vendedores de drogas são tão detestáveis que aceitam qualquer coisa em troca: desde camisetas de marca até eletrodomésticos. Tudo para manter o pobre coitado no vício.

Mas, na verdade, não tenho tanta pena do dependente, pois, com tantas campanhas, deveria saber dos malefícios das drogas, incluindo as lícitas.

Minha tristeza é ver pais que criaram um filho com tanto zelo e se deparam com uma situação insustentável. E, por mais que reconheçam o erro daquele que colocaram no mundo, o instinto fala mais alto e lembra que 'filho é filho'. São os pais que mais sofrem. Destes sinto pena.

Traficantes, além de, obviamente, obterem dinheiro de forma ilícita, destroem famílias e acabam com vidas. São imundos de espírito. Sou contra a pena de morte, mas a favor da prisão perpétua e, nesses casos, da tortura. 'Que sintam na carne o que fizeram muita gente sentir na alma'.